Nó UIAA

De Carajas Scouts
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Texto Retirado do Site: http://www.guanabara.org.br/tex_tecnicos.htm#no


Nó UIAA


O UIAA é um método de segurança muito eficiente que se utiliza apenas da corda e um mosquetão para criar a fricção necessária para frear uma queda. O mosquetão deve ser de base larga com rosca para permitir que o nó passe facilmente por seu interior. O UIAA amplifica a força da mão com o atrito da corda com a corda e da corda com o mosquetão. Ele é provavelmente um dos métodos mais fortes, perdendo apenas para o Grigri, SRC e Trango 8. Pode ser usado tanto no baudrier, como um freio comum para segurança do guia, quanto preso à ancoragem, para segurança do participante.


O UIAA é o único método de segurança tradicional que proporciona atrito suficiente qualquer que seja o ângulo entre a corda que entra e a que sai. Daí advém sua maior vantagem: não requer nenhuma posição especial de travamento. Basta que o assegurador segure a corda para travá-a, não sendo necessário puxá-la para trás, como nos outros métodos.

http://www.guanabara.org.br/img_mensais/UIAA.gif


O atrito do UIAA tem a peculiaridade de ser menor quando as cordas formam um ângulo de 180º do que quando estão lado a lado, a 0º. Isso significa que sua força máxima é relativamente menor para queda de guia do que para queda de participantes. Mas em termos absolutos o UIAA proporciona mais atrito do que o oito, a plaqueta e a cestinha. Esse atrito maior significa uma frenagem mais rápida em uma queda extrema.


O UIAA tem alguns defeitos. Ele torce a corda mais do que qualquer outro método, deixando-a bem encocada após alguns esticões, principalmente se a mesma pessoa guiar o tempo todo. Para desenrolar a corda, pendure-a esticada e sacuda-a bastante. Outro problema é que o calor gerado pelo atrito dinâmico de uma queda longa pode queimar a capa, deixando-a com aspecto vitrificado, conseqüência que tem repercussões apenas cosméticas.


O UIAA também pode ser utilizado para rappel, mas tem a enorme desvantagem de torcer demasiadamente a corda (uma volta a cada 1,5m).


Frederico Yasuo Noritomi Diretor Técnico do CEG